Nos anos 80, houve um cantor de reggae e pacifista chamado Bob Marley. Ele tinha a seguinte filosofia de vida: acreditava que podíamos curar, literalmente, o ódio e o preconceito de todo o mundo injetando amor e música em todas as pessoas. Esse era seu sonho, fazer um mundo melhor.
Em 1976, ano de eleições parlamentares na Jamaica, a ilha vivia um de seus
períodos mais sangrentos da história. Havia, praticamente, uma guerra civil
entre jovens militantes que defendiam partidos distintos. Bob Marley quis dar
um show gratuito pela paz e pela união da juventude. Dois dias antes do show,
porém, sua casa foi invadida por um grupo de pistoleiros que adentrou
a sala onde Marley estava ensaiando e disparou tiros em todas as direções, com
o intuito de matá-lo. Miraculosamente, ninguém foi morto no ataque noturno.
Don Taylor, empresário de Marley, levou vários tiros tendo, como legado
deste fato, uma vida sobre cadeira de rodas. Rita Marley (esposa de Bob) levou
um tiro de raspão na cabeça. O projétil ficou alojado em seu couro cabeludo.
Marley recebeu um tiro que raspou seu peito logo abaixo do coração e penetrou
profundamente em seu braço esquerdo. O caso de Marley foi o menos grave entre
os atingidos, sendo o primeiro a sair do hospital.
No dia 5 de Dezembro, Bob, depois de muitos alertas, resolveu subir ao
palco do festival mesmo baleado. Ainda com os curativos, Marley se apresentou
no concerto "Smile Jamaica", pela paz, e depois mostrou para o
público seus ferimentos. Nesta ocasião, ao ser questionado sobre o fato de
comparecer ao show mesmo baleado, o músico disse uma de suas mais conhecidas
frases: "As pessoas que fazem de tudo para piorar o mundo não tiram um dia
de folga. Por que eu, que quero melhorar, tenho que descansar?".
Bom Final de Semana!
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